Já podemos publicar no serviço o nosso ficheiro. É aqui que precisamos da licença PRO, o ficheiro tem de ser publicado para um workspace que não o nosso privado e para isso é preciso a licença PRO.
Assim que publicamos o ficheiro somos brindados com um aviso, o ficheiro foi publicado, mas não tem acesso aos dados. Isto porque é um ficheiro com ligação directa ao SQL Server que o serviço não consegue encontrar.
Se tentarmos abrir o relatório no site, temos a mesma sorte.
Passemos então ao segundo passo, configurar o gateway para o serviço conseguir comunicar com o servidor SQL.
Do PowerBI ao SQL
O gateway é extramente simples de instalar. No canto superior esquerdo do site do PowerBI carreguem na seta que aponta para baico e depois escolham a opção Gateway de Dados.
Das opções que aparecem, Modo Standard e Modo Pessoal, escolham a primeira. A segunda é bastante limitada e para usar em contextos individuais.
Depois de transferido, corram o executável e coloquem o email com a licença PowerBI Pro para registar o gateway e indiquem que é um novo gateway.
Finalmente indiquem um nome para o gateway e uma chave de recuperação que vai ser necessária se quiserem instalar outro gateway associado à mesma rede local ou para recuperar o acesso ao gateway em situações em que por exemplo é necessário muda-lo para outro computador.
E está o gateway instalado. Agora é necessário dizer que é este gateway que deve ser usado para aceder aos dados do AdventureWorks. Para isso, no site do PowerBi, abrimos o workspace/área de trabalho que criámos e onde publicados o ficheiro. Vamos ver o relátorio e o modelo semántico associados a esse ficheiro. Carregamos nos … à frente do modelo semántico e em Definições.
Nas Definições abrimos a Ligações de gateway … . Vamos ver o nosso gateway e ao fundo uma opção Ações.Carregamos na seta e vamos ver a nossa origem de dados. Escolhemos Adicionar a um gateway.
Na janela de configuração da ligação preenchemos a informação em falta, nomeadamente o nome da ligação e os dados de autenticação na base de dados. Vamos escolher Básico e inserir os dados da conta que criámos para aceder aos dados.
E está feito! Se tudo tiver corrido bem, já se pode abrir o relatório. Os dados são obtidos em tempo real a partir do servidor da rede local o que pode demorar algum tempo. No meu caso e no meu computador de casa, demorou alguns segundos inicialmente mas as actualizações seguintes demoraram menos de um segundo.
Do SQL para o Excel
Com o PowerBi configurado podemos concentrar-nos no Excel. A parte difícil está feita, o resto é um passeio no parque.
No Excel vamos a Data -> Get Data -> From Power Platform -> From Power Bi. É possível que volte a pedir as credencias de acesso ao serviço PowerBI. É coloca-las.
Se a ligação for bem efectuada, vai aparecer do lado direito uma janela com os modelos semânticos disponíveis no Power BI. Atenção que não aparecem todos! Se não aparecer o que se quer é procurar por ele.
No nosso caso como só temos um esse problema não acontece. Como queremos os dados em bruto e não fazer análises PivotTable, basta carregar em Insert Table, escolher os campos que queremos ver (no nosso caso todos) e carregar em Insert Table.
Depois de alguns segundos, o resultado é apresentado e temos no Excel os dados vivinhos que nem sardinhas frescas no Excel. Quão vivinhos? Bastante! Fiz uma alteração na base de dados, actualizei logo de seguida e em menos de um segundo vi os resultados actualizados.
Se tiver mais utilizadores a quem queira dar acesso só falta um passo e o utilizador nem precisa de ter licença. Para dar acesso só tem de ir às definições do modelo semântico, como vimos acima, e escolher a opção Gerir Permissões. Na janela que aparece, escolhe-se a opção Adicionar utilizador, coloca-se o nome ou email do utilizador em questão e está dado acesso. Como podem ver na janela abaixo, não é preciso nenhuma das permissões adicionais possíveis.
Quando o utilizador em questão abrir o ficheiro e tentar actualizar os dados, vai aparece a janela de autenticação onde pode colocar os seus dados.
Conclusão
Não é uma panaceia e é um processo um bocado labiríntico de configurar, mas passadas as dores de parto é fácil de gerir e permite uns resultados interessantes. Não o usaria para cenários com muitos utilizadores ou grandes quantidades de dados, mas para situações pontuais é uma solução interessante e se já estão a usar o Power BI Pro junta-se a vantagem do gratuito.
Junho 5, 2025 @ 11:53
Uma dica muito interessante!